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O normal e o “abjeto”:
a heterossexualidade compulsória
e o destino biológico das mulheres.
tania navarro swain
Resumo
Intriga-me pensar em práticas definindo corpos
e destinos e formas de pensar; somos, entretanto, como parece, resultado
de valores e normas definidoras do ser. É fácil perceber
como a noção de diferença é uma arma política.
Porque não desmistificá-la? Porque esta submissão
aos destinos traçados de antemão, às trilhas que
nos escondem o vigor das matas? Os modelos me fatigam e os estereótipos
me horripilam. Se as práticas nos forjam, porque não subvertê-las
a partir de seu próprio domínio?
No princípio era a carne. E a carne tornou-se corpo, no
vórtice das relações sociais, com infinitas faces, incontáveis expressões.
Em algum momento, em algumas culturas, estes corpos foram divididos: dois
se tornaram e esta dualidade passou a marcar espaços,
delimitar ações, exigir comportamentos.
Deste binário nasceu o destino biológico, construíram-se
discursos sobre a natureza, o cérebro, as capacidades, a força em torno
de uma parte específica do corpo: o sexo. Corpos sexuados foram assim
definidos em mulheres e homens, criou-se assim a imagem de uma natureza
, cujas essências ordenariam os comportamentos e as aptidões. Os corpos
foram assim criados em valores sociais, em imagens forjadas que se articulam
em práticas, cujo enraizamento é sua própria repetição. Como sublinha
Donna Haraway (Haraway,1991:345), os corpos são apenas “projetos
de fronteira” que se materializam de acordo com as práticas e as normas
que nos são impostas ou às quais nos assujeitamos.
Poderiam ter sido a cor dos olhos, a
aura, a idade, a sabedoria, os dons artísticos ou manuais. Mas foi o sexo
, detalhe anatômico, que instituiu a forma dos
seres e deu-lhes corpos a serem moldados, esculpidos, domesticados e disciplinados
em sua expressão sócio-sexual. Os corpos, modelados em feminino e masculino
são, portanto, uma invenção social, já que o cerne da questão
é a importância dada a este aspecto da materialidade
da carne. Por que o sexo, afinal?
Os corpos, porém, e o sexo aparecem como as evidências
máximas dos seres. São considerados dados empiricamente, pré-discursivos,
superfícies permeáveis à escrita social, às roupagens culturais. O sexo
biológico, nesta ótica, permanece inalterado ao receber
as injunções do gênero. Este é o axioma que sustentam o eixo do sistema
sexo/ gênero, no qual o gênero social se apoiaria no sexo biológico.,
face inteligível do humano.
Entretanto,
neste esquema está implícita a premissa que conduz
esta ordem: a reprodução. Por que razão a procriação seria a vertente
única do relacionamento sexual, senão por uma injunção valorativa , alicerçando
moral, costume e comportamento aceitável?
A prática heterossexual que Tereza de
Lauretis nomeia “Sex Gender System”, seria “[…] um construto sócio
-cultural, um aparelho semiótico e um sistema de representações” (Lauretis,1987:3)
que confere uma significação à sexualidade em uma rede de valores. Sobre
o binário “natural” do sexo biológico eleva-se um edifício de hierarquias
e assimetrias, (Delphy,1991:91), um sistema simbólico fundado
sobre sua representação, que adquire a evidência da enunciação repetida,
da tradição cultivada, de uma memória cuidadosamente elaborada em história.
Desta forma, quando os feminismos questionam o “natural”
e a “natureza” humana como sendo as bases imutáveis do ser,
revelam a multiplicidade do social e as possibilidades infinitas de sentidos
atribuídos às práticas, às culturas e aos seres. A própria noção de diferença,
neste sentido, é construída historicamente.
A criação de uma diferença biológica e de comportamento
é a responsável de uma diferença política , cerne da desigualdade
social , quer se trate de sexo, sexualidade, etnia. Esta desigualdade
instaura referentes em hierarquias e valores desenhando
corpos, perfis ideais, cores, raças, estabelecendo exclusões, demarcando
espaços, limites de ação e posição, mapeando e classificando
o humano.
Só se é diferente, portanto, face à um referente,
a um modelo a ser seguido,
do qual se difere e estes modelos de ser são construídos
social, histórica e espacialmente.. As diferenças não existem, desta
forma por si sós, elas são monumentos sociais arquitetados
em uma ampla disposição de poderes, cuja estrutura em
rede garante sua solidez.. É assim que o humano, dividido em categorias
binárias – feminino e masculino- criou, na articulação social ,
a afirmação de sua normalidade na existência dos “ anormais”, os monstros,
os corpos ditos “ imperfeitos” em seu sexo, em sua forma
ou em comportamentos fora das sendas definidas pela normatividade sexual.
.
.
As feministas dos anos 1970 produziram um corpo analítico
das relações sociais enfatizando o processo de diferenciação
dos sexos (Mathieu, 1991,1ª edição anos 70), ou seja, de criação de
diferenças e desigualdades, material eimagétcia. Naquele momento, a análise
da apropriação dos corpos, percebidos como femininos,
apontava também em direção à denúncia de uma heterossexualidade
compulsória, moldada pelo aprendizado
dos comportamentos desde o berço, por uma disciplina instaurada em redes
educacionais, simbólicas – religiosas, em torno do convencimento
das meninas e das mulheres a respeito de seu destino
biológico.
Retomada nos anos 1990, a análise do “sistema sexo
/gênero” heterossexual vem indicando, na mesma direção,
que os corpos sexuados não são superfícies impregnáveis de cultura; ao
contrário, sua pré-existência “natural” e afirmada na prática
sexual “normal” é vista como a ilusão criada pela cultura para
instaurar a disciplina e a norma.
Assim, para Judith Butler (1990), não
existe sexo ou sexualidade fora das relações sociais, portanto é o gênero
que define o sexo, é a força do imaginário e das representações sociais
que impõe os estereótipos ao anunciar corpos incontornavelmente
inseridos na divisão binária dos sexos. Se o sexo biológico
existe, o destino biológico reprodutor das mulheres é
social. Se a procriação existe, a maternidade é uma injunção do social.
Se a sexualidade existe, a reprodução é um de seus aspectos, implantada,
porém, como norma ao destacar-se seu aspecto “natural”.
A questão aqui seria: é necessário para
a perpetuação da espécie, que todas as mulheres procriem?
Adrienne Rich (1981), há mais de trinta anos identificava
na coerção à heterossexualidade reprodutora uma das instâncias
mais poderosas de apropriação material e simbólica dos
corpos , do imaginário e do trabalho das mulheres.Em
certos discursos feministas a heterossexualidade não
é jamais destacada como instrumento político de assujeitamento das mulheres,
pois não questionam o contrato heterossexual, ao se debruçar
prioritariamente sobre a maternidade. Este destino sócio-biológico
condiciona assim sua identidade e seu lugar no mundo na produção
de seres, de mão de obra, de outras mulheres a serem apropriadas em sua
sexualidade, no trabalho doméstico não remunerado, no
trabalho formal sub valorizado. Ser
mulher, de fato, confere a todos os atos e comportamentos o selo do feminino,
logo, do inferior, do outro, do subsumido, do dominado por forças superiores.
O feminino é diferente, logo desigual.
Adrienne Rich aponta para a necessidade
de ser fazer uma análise política desta
heterossexualidade compulsória, apresentada como preferência
sexual e atração inatas que as mulheres sentiriam pelos homens.(1981,m
impulso “instintivo e natural”, que ignora toda a impressionante
máquina de domesticação e convencimento social a respeito do papel
e do destino social. das mulheres. Rich afirma
que a heterossexualidade é imposta, exigida, organizada,
veiculada por todos os meios e mantida pela força (idem,31)
em relações materiais e simbólicas; Colette Guillaumin,(1978) na mesma
época faz também uma análise detalhada da apropriação
das mulheres, de seu tempo, seu espaço, de seus corpos e do fruto de seu
trabalho a partir desta divisão
binária do humano e de sua expressão heterossexual.
Neste sentido, nesta ordem do mundo em que as mulheres
asseguram a produção e a reprodução física dos seres
humanos, a alternativa do lesbianismo como existência possível de relacionamento
sem a referencia incontornável ao masculino é apagada,
execrada, punida, excluída e estigmatizada. Foram apagados da história
e do imaginário as relações entre as mulheres, tanto afetivas quanto eróticas;
feministas como Carrol Smith Rosenberg, Geneviève Pastre, Marie Jo Bonnet
e outras preenchem aos poucos estas lacunas na história, enquanto uma
intensa produção sobre o lesbianismo é encontrada em
publicações mais ou menos recentes.
Como se manteria a ordem heterossexual se as mulheres
percebessem os laços entre exploração/ dominação/ inferiorização e seu
destino biológico procriador ligado ao afetivo e erótico/
sexual? O fantasma do lesbianismo ronda o contrato heterossexual,
pois acena com a possibilidade de que as mulheres podem
ser perfeitamente indiferentes aos homens, tirando-lhes
o acesso “ natural” à sexualidade, ao afeto, ao cuidado e ao trabalho
gratuito ou mal remunerado das mulheres como comenta Adrienne
Rich .(1981:27)
Rich questiona o “ natural” da relação heterossexual, já
que ela é imposta e mantida pela força e pela persuasão
constante; indica algumas formas desta coerção como a interdição
da sexualidade fora das normas, a imposição da sexualidade masculina pela
prostituição, mutilação,
casamento forçado, estupro, incesto,
violência física e mental, sua troca ou venda, pelo
controle do seu trabalho e de seu produto, pela apropriação
das crianças, a reclusão , a limitação do movimento e do espaço, a exclusão
dos domínios da criatividade e do conhecimento.(1981:22-23)
Desta forma, a existência lesbiana
por si só é um desafio e uma ameaça
ao contrato heterossexual e à apropriação social e individual
das mulheres, já que anuncia a rejeição de um modo de vida compulsório.
Monique Wittig , também nos anos 70, afirmava que a lesbiana
não era uma mulher. A recusa da “ pensée straitgt” , como nomeou o contrato
heterossexual, fazia da lesbiana uma subversiva pela sua simples existência:
seria uma relação política entre não-mulheres, pois rejeitariam
o contrato heterossexual que define o ser
mulher , investindo a vertente possível
de uma relação erótico/ afetiva sem um referente masculino.
.
Entretanto, existe um leque extenso de formas de
ser lesbiana, de ter visibilidade,
de afirmar uma resistência às normas,
de reivindicar um estilo de vida, uma cultura, o pertencimento
a um grupo, o direito à cidadania. Nem todas são definidas pela prática
sexual e nesta perspectiva rompem com a coerção à sexualidade, eixo em
torno do qual se veicula a própria noção do ser, na atualidade.
Criam-se assim alternativas de relacionamento que podem incluir
a sexualidade, mas não necessariamente. E isto é uma revolução, na medida
em que o dispositivo da sexualidade criou uma nova rede de servidão, a
injunção ao sexo, expressão de vida, a “vida sexual”, quase uma entidade
paralela à própria existência.
Em termos de visibilidade
as lesbianas “femininas” não são identificáveis, não
causam um impacto no olhar, já
que não se distinguem das mulheres heterossexuais. Na produção
pornográfica é mesmo comum relações entre mulheres, à espera
de um homem, quando então o “verdadeiro”
sexo começa.. Talvez causem espanto, na circulação dos boatos: quem diria,
tão bonita, tão feminina, que pena!
As relações ditas butch/ femme ( no caso, uma com aparência
masculina e outra feminina) também não subvertem a norma, já que a reafirmam,
polarizando de forma binária seu encontro erótico-afetivo.
Existe aí uma coerção à norma, estereotipada, atrelando o desejo
sexual de uma butch (aparência masculina) a uma femme ( aparência feminina).Estas
últimas , no imaginário social, sempre podem ser recuperadas
pelo contrato heterossexual; o lesbianismo , e neste
caso, não romperiam com o “ser mulher” binário, seria
apenas um desvio, uma falha possível de ser corrigida.
O livro de Radcliff Hall, o Poço da Solidão é disto um
clássico exemplo.
Mas o que seria uma butch? Para Cherrie
Moraga,(in Inness, 1996:11) ser butch é não ser
mulher, ou seja, aquela que não aceita sua inserção em um esquema
binário e hierárquico, que não aceita ser
o Outro de um referente modelar. Para
De Clarke, “ tornar-se butch é uma escolha política, uma escolha de resistência”
( idem). Ainda nos anos 70 Grace Ti Atkinsons também analisava a lesbiana
política, a que subverte o contrato heterossexual, mesmo que não inclua,
nesta escolha, sua sexualidade. (Atkinsons,1975)
Se a aparência faz parte do perfil de uma butch, sua maneira
de se vestir, seu corte de cabelo, seu
comportamento, classificando-a como “masculinizada”, isto vem apenas
desestabilizar o sentido unívoco do
masculino A aparência “ masculinizada” de uma butch aponta para
o processo performativo da formação dos gêneros, como
bem mostra Judith Butler. Aponta como o gênero pode se
desvincular do sexo biológico e neste sentido, todos
somos fruto de uma manipulação social que nos construiu em corpos sexuados,
dotados de características ditas “ biológicas”.
A aparência da butch anuncia que ela não aceita e recusa
uma sociabilidade que exige de um corpo biológico fêmea o comportamento
e o desenho da feminilidade”(Inness e Lloyd,1996:18). Que não aceita a
coerção, a exploração, a dominação, a violência permitida pelo
contrato heterossexual..
Neste sentido é uma dupla ameaça:
enquanto fêmea escapa ao poder do contrato heterossexual
e enquanto butch subverte a idéia de masculinidade pois,
como explicitam Inness e Lloyd, “ a masculinidade é um conjunto de signos
que conotam o masculino num dado momento cultural e a masculinidade é
tão fluida e móvel quanto as definições sociais.” (idem :14) .
Assim, o que seria masculino em um corpo feminino? Não
apenas a subversão das normas de gênero, mas igualmente a revolução da
ordem heterossexual que exige a dominação das mulheres.
Uma “mulher masculinizada” pode significar
apenas que ela não adota os paramentos , as condutas, os atavios
atribuídos ao feminino, já que a ordem é binária e excludente. Não significa
que quer ser um homem ou que pretende assumir
as características deste gênero. O sistema de pensamento binário exige
que se não for um, tem que ser o outro. Ou então, passa
a fazer dos abjetos, dos excluídos, do mundo dos sem
rosto, sem sentido, sem lugar, sem presença. Nesta perspectiva,
as lesbianas ou butchs não são caricaturas de homens, nem se voltam para
as mulheres pela rejeição ou pelo abuso sofridos.
Não desejam tampouco, ser homens, como muitos querem
afirmar, pois não conseguem pensar
o relacionamento humano senão em termos de feminino / masculino.
A negação social da própria existência das lesbianas e,
sobretudo, a rejeição, o preconceito
contra as butch, as mulheres que não se assujeitam aos modelos do
feminino, é um sinal positivo de subversão. Quem não incomoda, não existe.
Finalmente, os gêneros são tantos quanto as pessoas que os criam. Assim
podemos ter o gênero lesbiana, o gênero butch, variáveis
do humano, possibilidades da expressão afetiva, da comunicação erótica,
da passagem do unívoco para a diversidade,
gêneros múltiplos que abalam as estruturas.
O mais subversivo, porém,
é a relação butch / butch, pois se espera
que uma lesbiana “masculinizada” seja atraída por uma mulher “feminina”,
reproduzindo a bi-polaridade do desejo. Como apontam Innes e Lloyd, muitas
análises caem nesta armadilha , não reconhecendo que
“ butch pode ser um significante que tem muito pouco
a ver com femme ou mesmo com qualquer sexualidade”. (
idem:23) A butch, de fato, é uma personagem política.
Para estas autoras, a atração butch
/ butch desconstrói não apenas o imaginário polarizado heterossexual,
mas também o faz no próprio âmbito da homossexualidade,
em múltiplas transgressões. Explicitam que dois
corpos de fêmeas tendo sexo violam o mito da “heterossexualidade
natural”, corpos femininos vestidos em roupas masculinas violam as restrições
de gênero e estes mesmos corpos tendo uma prática sexual
entre si representam uma ameaça explosiva( idem:26) As
assimilações à sexualidade entre gays remetem novamente à impossibilidade
de ser sem um referente masculino,.
De toda forma, o que interessa é a multiplicação
do múltiplo, é a desconstrução das forças da univocidade que engendram
campos de diferença, desigualdade, exclusão, campos de concentração dos
abjetos, dos impuros, dos fora-da-norma. Os gêneros, face à realidade
das práticas, não são apenas dois, são legião, e na pluralidade
reside sua força de impacto, sua força de mudança,
o ímpeto inovador de modificar o mundo, como querem também
os feminismos. Bem por isso, nenhuma análise pode abraçar
toda a materialidade das expressões e práticas humanas. Entretanto,
mulheres feministas, lesbianas, butchs e outros gêneros , para
além do sexo biológico, estão explodindo limites, abrindo espaços, em
esboços do humano que recusam a diferença/ desigualdades para
afirmar a diversidade
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nota biográfica
Tania Navarro Swain é professora do
Departamento de História da Universidade de Brasília,
doutora pela Université de Paris III,Sorbonne. Fez seu pós-doutorado na
Universidade de Montréal, onde lecionou durante um semestre ; na Université
du Québec à Montréal, (UQAM), foi professora associada ao IREF,
Institut de Rechereches et d´Études Féministes. Ministra um curso de Estudos
Feministas na graduação e trabalha na área de concentração com a mesma
denominação na pós-graduação. Publicou recentemente um livro pela Brasiliense,
“O que é lesbianismo”, 2000 e organizou um número especial “Feminismos:
teorias e perspectivas” da revista Textos de História, do Departamento
de História da UnB,llançado em 2002. Organizou igualmente um livro “História
no Plural”, além de vários capítulos de livros e artigos em revistas nacionais
e internacionais.
[i] [i]
texto apresentado em mesa redonda no II Congresso da Associação Brasileira
de Homocultura (ABEH). Tema : Imagem e Diversidade Sexual - Brasília
– DF – Brasil , 2004 (www.unb.br/fac/abeh)
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